SP: Secretário municipal de segurança pública defende execuções pela polícia  5n6955

Orlando Morando (esq.) e Ricardo Nunes (dir.) com Eliazer Rodella (o novo comandante da GCM) no meio. Foto: Prefeitura de São Paulo.

SP: Secretário municipal de segurança pública defende execuções pela polícia  5n6955

Na última terça-feira (21/1), o secretário de segurança pública da cidade de São Paulo, Orlando Morando, discursou em evento para 500 guardas civis metropolitanos (GCM) afirmando que “os policiais devem matar um criminoso que se insurge contra uma autoridade”. A declaração se dá em meio a uma escalada exponencial da violência policial no estado de São Paulo. 2p2u6s

Morando assumiu o cargo esse ano, com a reeleição de Ricardo Nunes (MDB) como prefeito de São Paulo. Durante o evento, ele falou aos novos GCMs para que “não temam matar criminosos”, e completou “todos nós não podemos estar acima da lei mas também não podemos estar abaixo da lei, e tenho a clareza que, se em um confronto com um criminoso, que chore a mãe do criminoso e nenhum parente de vocês”, com um legalismo propositalmente frágil. 

O prefeito e o secretário se pronunciaram sobre as câmeras corporais, ambos argumentaram que a GCM não apresenta um índice de letalidade que justifique seu monitoramento. Nunes pareceu acreditar que, “caso algum guarda civil metropolitano cometa uma infração, essas câmeras poderão registrar a ação”. Morando foi mais além, afirmando que “Não há uma recorrência significativa” de letalidade.

O atual secretário, Orlando Morando é ex-prefeito da cidade de São Bernardo do Campo, na região metropolitana, e ficou conhecido por casos de corrupção. Enquanto prefeito promoveu o despejo da ONG “Meninos e Meninas de Rua”, sendo denunciado à ONU por racismo institucional.

Janeiro inicia com casos de violência policial e execuções 251q5g

Desde o início de janeiro, mais casos de violência policial e execuções em ações policiais repercutiram entre as massas. No dia 7/1 um jovem foi encurralado numa loja de assistência técnica em Paraisópolis e espancado por policiais militares, que também reprimiram a população que protestava do lado de fora. Dois dias após (9/1), a jovem Victória Manuelly foi morta com um tiro na cabeça por um PM, enquanto tentava resgatar seu irmão que estava sendo imobilizado em uma ação policial. A mãe implorou que ele chamasse o resgate, mas o agente deu preferência a levar o rapaz para a delegacia, acusado de desacato. Policiais rondaram o velório da menina para intimidar a família.

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