No dia 12 de novembro, massas britânicas foram às ruas para a anual manifestação do Dia do Armistício. Esse ano, a manifestação teve como central a solidariedade do povo palestino, mas a preparação do protesto ficou marcada pela repressão do Estado imperialista inglês mesmo antes do dia da celebração. 2c5c23
O Dia do Armistício (Remembrance Day) é comemorado desde o fim da Primeira Guerra Mundial no dia 11 de novembro (ou no fim de semana mais próximo do dia), em memória aos que morreram na guerra. Esse ano, organizações democráticas e progressistas convocaram novamente manifestações no dia 12/11 para exigir o fim da ocupação sionista na Palestina, como tem sido todos os sábados no país desde o início da ofensiva do Hamas contra a ocupação sionista.
No dia 08/11, o primeiro ministro da Inglaterra Rishi Sunak declarou que estas manifestações convocadas para o sábado eram “provocações e falta de respeito”, e tentou proibir que as marchas ocorressem em conversas que teve com o chefe da polícia metropolitana. A Ministra do Interior chamou de “marchas de ódio” em uma clara tentativa de classificar como antissemitismo todas as manifestações que ocorrem no Reino Unido desde o mês ado quando centenas de ingleses marcharam nas principais cidades do país em apoio ao povo palestino e denunciando os crimes de Israel, em manifestações que terminaram em confrontos com as forças de repressão do velho Estado inglês e a detenção de diversos ativistas.
De acordo com o monopólio da imprensa BBC, um enorme aparato de cerca de 3 mil policiais foram acionados para atuar durante o final de semana, principalmente no sábado onde ocorrerão as manifestações. Também foi criado uma “zona de exclusão” em torno do cenotáfio em memória aos soldados mortos na primeira guerra para impedir as manifestações em torno do monumento.
Com a justificativa de que grupos de extrema direita possam atuar nas manifestações a fim de tentar provocar confrontos com os manifestantes, a polícia anunciou que tomará “medidas de segurança” como revistar manifestantes, obrigar a tirarem máscaras sanitárias e que haverá “zonas de exclusão” em torno das embaixadas do USA e de Israel.
Mesmo com todas as ameaças e prisões, massas do mundo todo seguem em luta em defesa do povo palestino e denunciando os crimes dos sionistas e de seus mais ferrenhos defensores principalmente na Europa onde diversos países como França, Inglaterra e Alemanha tentaram em vão, proibir manifestações democráticas com a justificativa de que os manifestantes estariam defendendo o “terrorismo”.