RS: JBS é autuada por trabalho semi-feudal em granjas do Rio Grande do Sul 4e5c2s

A megaempresa JBS Alimentos foi autuada pela prática de trabalho “análogo à escravidão” em granjas de frangos no Rio Grande do Sul. A empresa coleciona dezenas de casos similares por todo o país.
Imagem ilustrativa. Foto: Reprodução

RS: JBS é autuada por trabalho semi-feudal em granjas do Rio Grande do Sul 4e5c2s

A megaempresa JBS Alimentos foi autuada pela prática de trabalho “análogo à escravidão” em granjas de frangos no Rio Grande do Sul. A empresa coleciona dezenas de casos similares por todo o país.

A megaempresa JBS Alimentos foi autuada por manter trabalhadores em condições de trabalho “análogo à escravidão” em suas granjas no Rio Grande do Sul. Segundo o Ministério do Trabalho (MTE), os trabalhadores eram todos migrantes vindos do norte e do nordeste, mais um argentino, que foram contratados pela empresa “MRJ Prestadora de serviço”, que oferecia transporte e alimentação para a viagem. Após chegarem aos aposentos no município de Arvorezinha, na região da serra gaúcha, os custos da alimentação e do transporte eram cobrados dos trabalhadores como dívidas para impedir que retornassem a suas terras de origem. Além disso, os trabalhadores chegavam a trabalhar por 16 horas diárias e se alimentavam com frangos impróprios para o consumo, que não serviam para o mercado.  3b435q

O caso específico que motivou a abertura do processo foi o resgate  de 10 trabalhadores que ocorreu em dezembro de 2024, porém apenas em abril foi divulgado que a “MRJ” era apenas uma “terceirizada” contratada pela JBS Aves, com sede em o Fundo, que elaborava o cronograma e horários da apanha de frangos. Apesar da ligação direta da JBS com o caso, a empresa foi apenas ‘autuada’, ou seja, ainda não houve nenhum processo legal por parte do MTE, além disso, a JBS pode recorrer em primeira e segunda instância e nem mesmo foi incluída na lista suja do trabalho escravo.

Em abril, um resgate similar ocorreu em Nova Ponte, na região do Triângulo Mineiro, também em uma granja de frangos. Já em São Paulo, 35 camponeses guarani estavam sendo sujeitos ao trabalho semi-feudal em uma granja de frangos, também ligada à JBS, na cidade de Pedreira, no interior paulista. As condições de todos os resgatados eram similares, todos vinham de outras regiões para trabalhar na apanha de frangos, onde eram escravizados por meio das dívidas ilegais, em condições de trabalho muito precárias.
O trabalho semi-feudal, semi-escravo é generalizado por todo o território. Em fevereiro, dezenas de camponeses e imigrantes foram identificados sujeitos a condições semifeudais, por conta da época de colheita de uvas e maçãs. Em abril, um camponês foi resgatado em Eldorado do Sul, município vizinho à capital.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
Agora, mais do que nunca, AND precisa do seu apoio. Assine o nosso Catarse, de acordo com sua possibilidade, e receba em troca recompensas e vantagens exclusivas.

Quero apoiar mensalmente!

Temas relacionados:

Matérias recentes:

Diário da Flotilha: ‘Madleen’ está há 250 milhas marítimas de Gaza 331q3m

07/06/2025

RJ: Jovem é assassinado e cinco são feridos pela PM em festa junina na Favela de Santo Amaro  2j94h

07/06/2025

Sinwar e Haniyeh eram ‘seus filhotes’: o legado de Fatima Al-Najjar, guerrilheira do Hamas 1692r

07/06/2025