Vinte e quatro pessoas foram indiciadas por suspeita de envolvimento em esquemas de corrupção relacionados à Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre (Smed). Entre os indiciados estão a ex-secretária de Educação de Porto Alegre – Sônia da Rosa e dois ex-vereadores, Alexandre Bobadra (PL) e Pablo Melo (MDB), filho do Prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB). A indiciação é um desdobramento do escândalo de corrupção descoberto em 2023 e já noticiado pelo AND, quando foram encontrados centenas de livros didáticos e kits científicos, que deveriam ser distribuídos para escolas estaduais e municipais, abandonadas em depósitos e em galpões de escolas, parte de um esquema de corrupção que feito pela secretária de educação de Porto Alegre. 4h47t
O processo de compra dos materiais didáticos era iniciado com o oferecimento direto do produto pela empresa, que não foi feito de acordo com um estudo técnico que demonstrasse a necessidade e a adequação dos materiais comprados, resultando assim na aquisição de produtos desnecessários ou excessivos, contrariando o interesse do Ensino Público e beneficiando o interesse do capital privado. Tais compras ilícitas resultaram em um valor total de R$ 58 milhões
O esquema fraudulento começou a ser articulado, segundo a Polícia Civil, em junho de 2021. Um dos indiciados, o empresário Jaílson Ferreira da Silva, esteve presente em reunião junto com o prefeito da capital, os dois ex-vereadores indiciados e também o procurador-geral do município, Roberto Silva da Rocha, por diversas vezes. Os então vereadores teriam intermediado a aproximação de Jailson e as empresas que o mesmo representava à Sonia da Rosa, em troca de vantagens futuras.
Em maio de 2022, o Prefeito Sebastião Melo publicou decreto dando a autorização para a secretária municipal de Educação, Sonia da Rosa, fazer compras usando licitações realizadas por outros Estados e municípios. Esse decreto tornou possível fazer as compras dos milhares de materiais didáticos que hoje em dia estão abandonados e sem uso. Mesmo envolvido no caso, o prefeito não está sendo investigado.
O monopólio da imprensa vem acompanhando e noticiando o escândalo pisando em ovos, sempre poupando e omitindo nomes e fatos. Dizer que “supostamente” foi feita uma transição bancária, chega a ser digno de piada, a política para a grande mídia é tratada de fato como um circo, se existe registro de uma transação bancária com nome, data e horário, não se trata de uma suposição, mas sim de um fato. Todo o esquema envolvendo a Smed coincidentemente girava em torno de filhos, amigos, pessoas chegadas do Prefeito, que fez toda a maquinação política para que o esquema de fraude funcionasse.