Mauro Cid
Tudo aponta à comprovação da tese, desde há muito levantada por esta tribuna, de que aquelas manifestações de galinhas verdes tinham um núcleo-duro operacional de gente profissional, funcionando como um partido político de extrema-direita e com capacidade militar.
Foi revelado pelo monopólio de imprensa novos detalhes da delação de Mauro Cid, acerca das movimentações golpistas
Segundo o tenente-coronel Mauro Cid, o general reservista e ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto atuou como elo entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e os acampamentos golpistas em frente aos quartéis após a derrota eleitoral de Bolsonaro, no ano ado.
A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid ao STF e à PF pode indicar a participação de generais da reserva na articulação e agitações golpistas, segundo a jornalista Mônica Bergamo. Com os desdobramentos, a crise militar se agrava.
Após homologar sua delação premiada no dia 9 de setembro, o tenente-coronel do Exército reacionário, Mauro Cid, coloca Bolsonaro em situação ainda mais enrascada para se livrar de provas de seus crimes.
No dia 11, uma nova operação policial fecha ainda mais o cerco contra Bolsonaro. Os investigadores tiveram como alvos o general Mauro Cesar Lourena Cid (pai de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), o segundo-tenente do Exército Osmar Crivelatti (assessor de Bolsonaro) e Frederick Wassef (advogado do ex-presidente), e descobriram fortes indícios de envolvimento do capitão do mato.
Na manhã de 11 de agosto, a Polícia Federal realizou operação de busca e apreensão que aponta para mais um revés político para Bolsonaro – que, além de ter sido declarado inelegível, está, agora, sendo associado à venda de jóias.