PE: Estudantes da UFPE protestam pelo fim da precarização do Centro de Filosofia e Ciências Humanas 6p4w3y

A mobilização teve seu início após um vazamento de água no 6º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPE (CFCH) na manhã do dia 20 de fevereiro
Estudantes protestam pelo fim da precarização do CFCH. Foto: Correspondente local.

PE: Estudantes da UFPE protestam pelo fim da precarização do Centro de Filosofia e Ciências Humanas 6p4w3y

A mobilização teve seu início após um vazamento de água no 6º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPE (CFCH) na manhã do dia 20 de fevereiro

Na última quinta-feira (26/2), estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) se reuniram em uma manifestação contundente contra a precarização do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH). O ato teve início em frente à reitoria, seguido pelo fechamento da principal entrada de veículos da universidade, na Avenida do Reitor Joaquim Amazonas. Os estudantes denunciaram o descaso da reitoria com as necessidades básicas dos estudantes: “Aê Alfredo eu quero ver, constrói praça sem ter água pra beber” e “A nossa luta é todo dia, educação não é mercadoria”. 6c384c

A mobilização teve seu início após um vazamento de água no 6º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPE (CFCH) na manhã do dia 20 de fevereiro. Este vazamento atingiu o 4º andar do prédio onde funciona o Laboratório História e Memória (LAHM), o que causou uma inundação e comprometeu os quase 200.000 documentos históricos guardados no local. O laboratório reúne milhares de processos trabalhistas que datam de 1943 até 1981. Esses documentos são organizados, higienizados, digitalizados e catalogados, servem como um importante e para pesquisa acadêmica de diversos cursos que permite a preservação deste acervo documental.

Devido à importância do trabalho deste laboratório para a comunidade acadêmica, os estudantes dos diversos cursos se encarregaram de espalhar a notícia logo após o vazamento, com fotos e vídeos nas redes sociais, para convidar amigos e conhecidos para ajudar com a recuperação dos documentos. Logo criou-se uma força-tarefa, em que estudantes se arriscaram enfrentando a água, o pó e o mofo para resgatar o acervo do laboratório. As atividades de realocação dos processos ocorreram de manhã até o final da tarde, nas quais os documentos foram movimentados para outro andar do prédio, onde ficariam seguros temporariamente. 

Os estudantes comunicaram a UFPE sobre o ocorrido e a mesma informou que as medidas já haviam sido tomadas e seria mandado uma equipe de terceirizados no local para a limpeza. A energia de parte do prédio teve que ser desligada após funcionários e estudantes relatarem que levaram choques no local. Além disso, estudantes relataram que tiveram crises alérgicas após as atividades. Após as atividades de limpeza e realocação dos documentos, os estudantes organizaram panfletagens pela universidade e produção de cartazes durante os dias 21/2 e 24/2 e marcaram uma assembleia unificada para discutir o acontecido.

A assembleia ocorreu em frente ao Centro de Educação (CE), no dia 24/2, para debater os danos causados ao LAHM e à preservação dos documentos históricos. Os estudantes utilizaram o espaço para denunciar as condições precárias dos demais centros da universidade, destacaram como a falta de infraestrutura afeta diretamente a qualidade da formação acadêmica e demonstraram revolta com  a atitude negligente da reitoria, que “prioriza a construção de uma praça na frente do CFCH ao invés realizar melhorias estruturais neste mesmo prédio” e se omite diante da falta de segurança dos funcionários, que chegaram a levar choques elétricos ao tentarem limpar o local alagado.

 Estudantes denunciam precarização da universidade em assembleia. Foto: Correspondente local.

Durante a assembleia, também foram apresentados informes sobre as atividades de panfletagem e confecção de cartazes, ressaltando a necessidade de continuar essas ações como forma de mobilização e conscientização da comunidade acadêmica. Ao fim da discussão, foi definida a realização do ato do dia 26, como forma de protesto e pressão por melhorias na infraestrutura e maior compromisso da istração da universidade com a segurança e preservação do patrimônio acadêmico.

O ato iniciou-se com a concentração dos estudantes em frente à Reitoria, na R. Bacatuba, que motivados pela incompetência da gestão do Reitor Alfredo Gomes, protestaram em defesa da UFPE, em especial o CFCH. Em seguida os manifestantes seguiram em direção à frente da principal entrada da UFPE, na Av. Reitor Joaquim Amazonas, onde bloquearam a sua agem. O ato seguiu em direção ao Restaurante Universitário (RU), com agitações que convocavam os estudantes a se unirem às mobilizações e destacavam que o centro só permanecerá de pé com a luta dos estudantes.

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