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Bombeiras trabalham no resgate do corpo de operário soterrado em mina da Vale, em Brumadinho. Foto: Corpo de Bombeiros/MG
O trabalhador Julio Cesar de Oliveira Cordeiro, de 34 anos, morreu soterrado, no dia 18 de dezembro, enquanto realizava manutenção para mineradora Vale, em Brumadinho, estado de Minas Gerais. Ele trabalhava como terceirizado da Vale.
No momento da morte ele fazia a limpeza da barragem B1 da mina do Córrego do Feijão. A Mina é a mesma onde ocorreu o crime de janeiro de 2019, que deixou mais de 270 mortos e espalhou lama tóxica pela região.
O corpo do rapaz foi resgatado durante à noite, pelo Corpo de Bombeiros, dentro da cabine da máquina que ele utilizava, o local ficou totalmente destruído com o peso da terra e das pedras de minério que caíram. O operário trabalhava como terceirizado da Vale.
A prefeitura de Brumadinho informou, no dia 19 de dezembro, a suspensão do alvará de funcionamento e localização da mineradora Vale e de suas terceirizadas no município até que o acidente seja esclarecido e a segurança dos trabalhadores esteja garantida.
O movimento dos atingidos por barragens (MAB) se posicionou, no dia 19 de dezembro, afirmando não ser acidente a morte do trabalhador: “Não foi acidente! A vale mata rio, mata peixe e mata gente! O MAB reafirma que a vale segue matando nosso povo, nos rompimentos das barragens, nos crimes trabalhistas , e também na sua política de não reparação com os atingidos. Esta é a prática de quem coloca o lucro acima da vida “. Finalizou o movimento.