Esta matéria foi atualizada no dia 5 de outubro, às 14h09, com uma entrevista em vídeo com um professor da UEMG, que pode ser conferida ao final da matéria. 506j24
No dia 26 de setembro, professores da Universidade do estado de Minas Gerais (UEMG) da Unidade Ibirité paralisaram suas atividades em exigência do reajuste de salário e melhores condições de trabalho. Vários foram os relatos de docentes que estão trabalhando com necessidade de afastamento por questões médicas e docentes mulheres que não podem se afastar das funções acadêmicas por motivo de gravidez porque a universidade não paga seus vencimentos integralmente.
Uma professora, que preferiu não se identificar, disse em entrevista: “Temos professores com vários problemas de saúde que não podem se ausentar da universidade pois terá cortes drásticos no seu orçamento sendo assim provável que eles não consigam financiar os seus tratamentos, porque se forem depender do IPSEMG muitos morreriam sem tratamento adequado e uma atendimento de qualidade. Em relação às docentes grávidas, digo que é inaceitável as condições que elas estão sendo submetidas”. Nesse mesmo dia os professores da UEMG participaram de uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Estudantes protestam e ocupam prédio da Biologia 4o4s48
No dia 27/09, um dia após a paralisação dos professores da UEMG/Unidade Ibirité, os estudantes da instituição se somaram à mobilização. Convocados pelo Diretório e Centros Acadêmicos, estudantes de vários cursos paralisaram as aulas e demais atividades da universidade e ocuparam o prédio de Biologia, como forma de protesto contra o desmonte da universidade. Os estudantes realizaram uma assembleia na qual reafirmaram reivindicações urgentes para a Reitoria e o Governo Estadual de Romeu Zema, aprovando um calendário de lutas. O movimento contou com a participação de professores e funcionários e com o apoio de entidades como a Executiva Mineira dos Estudantes de Pedagogia.
A UEMG/Unidade Ibirité está enfrentando uma série de medidas de sucateamento em toda a universidade como, por exemplo, uma política de assistência estudantil restrita e ineficaz, a UEMG concede apenas 3 bolsas por turmas de 25 a 30 alunos, em que cerca de 60% dos estudantes se encaixam nos critérios de baixa renda. Outras reivindicações do movimento são, entre outras: a reissão servidores que teriam sido demitidos arbitrariamente após a incorporação da antiga fundação estadual “Helena Antipoff”, melhoria da comunicação da universidade com os alunos e bolsas de iniciação científica e extensão.
Confira, abaixo, a entrevista feita com um professor da UEMG pelo Comitê de Apoio – Belo Horizonte (MG):