Operários da construção civil de Belo Horizonte e região entraram em greve no dia 17 de janeiro. Os trabalhadores atuam nas obras da Arena MRV e de um condomínio residencial no bairro Vale do Sereno, em Nova Lima, e exigem reajuste salarial, melhores condições de trabalho e também outros direitos básicos. Eles também denunciam a intransigência do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) que se recusa a atender as demandas dos trabalhadores. 2i5a1k
No dia 17 de janeiro foram realizados piquetes em frente às obras, ocasião em que os operários decidiram pela greve por tempo indeterminado até que suas reivindicações sejam atendidas. Ativistas do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Belo Horizonte e Região (Marreta) e da Liga Operária estiveram presentes nos atos levando panfletos, faixas, cartazes e realizando intervenções com falas em apoio aos operários em luta. Uma das faixas trazia os dizeres: Exigimos salários dignos e melhores condições de trabalho!
Operários entram em greve por salários dignos e melhores condições de trabalho. Foto: Luiz/LPS
Também foi feita uma manifestação em frente a sede da construtora Caparaó, em Belo Horizonte. Durante esse ato, ativistas da Liga Operária colocaram uma grande faixa em um dos muros do prédio com os dizeres: Patrão nojento! Cadê nosso aumento? A empresa é especializada em imóveis de luxo e está construindo no bairro Vale do Sereno, em Nova Lima, apartamentos que custam, na planta, mais de R$ 10 milhões. Os operários que trabalham no local também aderiram a greve.
Ativistas da Liga Operária penduram faixa no portão da sede da Construtora Caparaó. Foto: Luiz/LPS
Algumas das principais reivindicações dos operários são: reajuste salarial com o pagamento integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e ganho real para os trabalhadores, selo de controle obrigatório nas cestas básicas como forma de controle e fiscalização de que as empresas da construção estão cumprindo a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e fornecendo os itens descritos nesta – os trabalhadores reivindicam que a cesta básica com selo seja entregue em suas moradias –, que os trabalhadores que possuam veículos próprios possam optar pelo vale combustível para seus deslocamentos para o trabalho, manutenção das conquistas já asseguradas pela CCT anterior, dentre outras.
Trabalhadores da construção civil cruzam os braços em Belo Horizonte e região metropolitana. Foto: Luiz/LPS
Trabalhadores da construção civil cruzam os braços em Belo Horizonte e região metropolitana. Foto: Luiz/LPS
Trabalhadores da construção civil cruzam os braços em Belo Horizonte e região metropolitana. Foto: Luiz/LPS
Além das reivindicações, os trabalhadores também denunciam irregularidades que ocorrem em diversas empresas e as péssimas condições de trabalho, sobretudo para os trabalhadores que vêm de outras regiões do estado e do país e se encontram em alojamentos.
Os trabalhadores denunciam ainda o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) que ignorou todas as demandas levantadas pelos operários. O sindicato oportunista tentou ainda impor cortes de salários e no banco de horas (modalidade que é rejeitada pelos trabalhadores ao longo de décadas).
De acordo com os trabalhadores a greve seguirá até que o Sinduscon-MG decida sentar na mesa de negociações e atender as reivindicações da categoria.
Trabalhadores da construção civil cruzam os braços em Belo Horizonte e região metropolitana. Foto: Luiz/LPS
Militantes da Liga Operária se juntaram aos protestos. Foto: Luiz/LPS
Panfletos foram entregues aos trabalhadores. Foto: Luiz/LPS
Panfleto do Marreta conclama greve. Foto: Luiz/LPS
Trabalhador faz discuso contra a privatização dos Correios. Foto: Luiz/LPS