Moradores protestam contra mineradora Vale do Rio Doce. Foto: Adeilson Andrade 713x3k
No dia 19 de outubro, dezenas de famílias que sofreram com o crime do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, estado de Minas Gerais, se uniram e fecharam a estrada conhecida como “Estrada das Carretas”, no bairro Tupanuara, em São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana. Logo pela manhã, a via foi fechada para caminhões e carretas que carregam minério, sendo liberada para os demais veículos.
De acordo com Thomaz Nédson, que faz parte do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), em relato a um repórter do site O Tempo, disse “Estamos manifestando pela manutenção do auxílio emergencial, pois o segundo acordo firmado com a empresa, estava previsto o pagamento por mais dez meses, e esse prazo está acabando. No entanto, algumas famílias já foram bloqueadas de receber o pagamento. Além, disso, a Vale não está entregando água mineral a todos os moradores, negando esse direito. Também há a questão da saúde das pessoas, já que o rio foi contaminado”, disse Nédson, que mora na Colônia Santa Isabel, em Betim.
Moradores fecham via e impedem veículos da mineradora de arem. Foto: Cláudia Mourão/TV Globo
Segundo Nédson, no dia 23 de outubro, acontecerá uma audiência na justiça para tratar sobre os novos critérios dos acordos. “Os afetados pela barragem não têm direito à manifestação, e isso é errado. Por isso, estamos fazendo esse protesto para chamar a atenção para a situação das famílias atingidas, não apenas daqui, mas de toda a bacia. Estamos reivindicando que o pagamento do auxílio emergencial seja mantido a todas as famílias afetadas, e que as famílias cujo benefício foi suspenso voltem a recebê-lo”, acrescentou.
Trinca na Barragem B1 da Vale, em Brumadinho. Foto: Danilo Girundi/TV Globo
Moradores bloquearam rodovia em protesto no dia 16 de outubro
Pelo menos 60 moradores do bairro Parque da Cachoeira, em Brumadinho, fizeram uma manifestação, na manhã do dia 16 de outubro, contra a Vale.
Moradores bloquearam com madeiras, pedras e outros objetos, o trecho da rodovia BR-381 que a pela cidade.
Juliana Souza de Oliveira, de 24 anos, que participou do protesto contou que os moradores ficariam na rodovia ate que a mineradora se pronunciasse sobre o descaso como povo. “Tem uma barragem rompendo e eles (Vale) não dão nenhuma informação, a sirene toca, todo mundo sai correndo, mas não avisam nada. Vamos continuar aqui hoje e depois até termos uma resposta” . Contou revoltada, ao repórter Caio Silva do site R7.
A jovem denunciou também que a muito tempo a mineradora Vale, não cumpre o pagamento do auxilio “Eu já entrei na Justiça contra a Vale sobre a indenização. Eles não pagam”, Finalizou.