São Paulo: Onde há podridão, há rebelião! 685j5b

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São Paulo: Onde há podridão, há rebelião! 685j5b

Manifestante golpeia policial durante manifestação no dia 14/8. 1l1n24

No início da década de 1980, uma multidão em fúria esteve prestes a derrubar os portões da sede do gerenciamento estadual de SP, o Palácio dos Bandeirantes, em protesto contra a carestia de vida. Essa cena se repediu em junho desse ano, com milhares de jovens com o rosto coberto protestando contra a violência policial e a podridão do velho Estado. 2t958

Em 14 de agosto, mais uma vez, protestos em São Paulo terminam com o cerco e ocupação da Câmara Municipal e Assembleia Legislativa pelas massas rebeladas e confrontos com as forças de repressão.

As denúncias de irregularidades nos contratos do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (TM) desmascararam mais uma montanha de crimes de corrupção, formação de cartel, roubalheira de milhões, tudo com pleno conhecimento dos governos de turno desde 2000.

Eleitoreiros da “esquerda” rechaçados nos protestos de junho e julho, ávidos por desgastar o PSDB para a próxima farsa eleitoral, centrais sindicais governistas e o virtual Movimento e Livre (MPL) arrogaram-se “organizadores” da manifestação, mas de nada adiantou tentar encabrestar as massas. Como nos protestos anteriores, com o avançar da noite, as bandeiras eleitoreiras desapareceram e os rostos dos manifestantes se cobriram para a luta. Cerca de três mil manifestantes, divididos em grupos, tomaram várias ruas centrais da capital.

Um dos grupos seguiu para a Câmara Municipal e houve confronto com a repressão. Vidros da fachada do prédio foram despedaçados com pedras. No Viaduto Jacareí e na Rua Maria Paula, barricadas com sacos de lixo em chamas interromperam o trânsito. Na Avenida Liberdade, vidros de agências bancárias foram estraçalhados.

Um grupo menor conseguiu ocupar por algum tempo o prédio da Câmara Municipal e se dispersou em seguida.

Na Assembleia Legislativa, cerca de mil manifestantes ocuparam os auditórios exigindo a investigação das denúncias de formação de cartel nas licitações do Metrô. A PM reprimiu com brutalidade os manifestantes que resistiram e que em vários momentos conseguiram repelir os ataques policiais e avançar com pedras e palavras de ordem. O protesto durou até por volta das 22h, quando os manifestantes se dispersaram em pequenos grupos, que repetiram o grito milhares de vezes entoado nos últimos meses em todo o país: “amanhã vai ser maior”.

Podridão nos trilhos de São Paulo 5ep62

Sucedem mais e mais denúncias da formação de cartel na licitação do Metrô. A Transnacional Siemens, maior conglomerado de engenharia da Europa, com sede na Alemanha, vencedora da licitação, deu reiteradas declarações de que o governo de São Paulo sabia e deu aval à formação do consórcio formado por 18 empresas para as licitações de obras no Metrô. O esquema foi comprovado por meio de documentos que representantes da Siemens apresentaram ao Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade), que investiga a denúncia.

O cartel teria sido formado em 2000 e atuou livremente durante os gerenciamentos de Mário Covas, Geraldo Alckmin, e José Serra (todos do PSDB), até 2007.

Um consórcio único foi formado para vencer a licitação. O acordo entre as empresas formadoras do consórcio previa que a empresa vencedora da licitação subcontrataria as perdedoras de modo que todos sairiam lucrando milhões… roubados dos bolsos do povo.

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