Reunião de indígenas e ribeirinhos na sede da Norte Energia é cercada pela Força Nacional 2b4z11
Moradores ribeirinhos do Rio Xingu e indígenas que lutam pelas terras onde está situada a obra da Usina Belo Monte ocuparam, no dia 20 de março, o Sítio Pimental (maior canteiro de obras da usina Belo Monte) e forçaram a paralisação dos trabalhos durante 24 horas. 44o11
As populações de ribeirinhos e indígenas são alvo de processos de “remanejamento” movidos a partir da expulsão das populações locais pelas forças de repressão do velho Estado e pelo avanço das obras e denunciam o não cumprimento do acordo assinado pelo Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) a respeito de seus territórios e das obras de redução do impacto ambiental.
O CCBM e o governo federal falam em “remarcação das terras indígenas da Volta Grande do Xingu”, enquanto os povos Juruna, Xipaia, Curuaia, Canela, entre outros, presentes na ocupação, reivindicam suas terras originárias. Os ribeirinhos da comunidade de Jericoá denunciam que não conseguem mais pescar e que a Norte Energia segue degradando o rio e as terras limítrofes às obras.
MPF pede multa contra a Norte Energia 4w3e1v
Em 15 de março, o Ministério Público Federal – MPF pediu à Justiça Federal que aplique uma multa de R$ 500 mil por dia contra a Norte Energia, devido ao descumprimento dos acordos que assinou com índios e ribeirinhos em outubro do ano ado.
Na falta de argumentos para se defender, a Norte Energia tentou barganhar com o prazo já estourado para o cumprimento de acordos alegando fatores externos para os atrasos. O Ministério Público afirma que a multa “deve ser aplicada imediatamente porque as obrigações já faziam parte da licença que a empresa recebeu do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em junho de 2011 e houve liberação de mais de R$ 20 bilhões pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para o empreendimento” [fonte: r7.com.br].