Moradores de Itaboraí, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, protestaram na manhã do dia 21 de janeiro exigindo emprego no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O ato, segundo as massas, é contra a contratação de funcionários de outros municípios e de outros estados, enquanto a população local está desempregada. 2d4bs
O morador Rafael Ribeiro denunciou: “Estão trazendo os trabalhadores porque isso é jogada política para movimentar recursos financeiros em Itaboraí. Depois que o Comperj ficou esse tempo todo sem obras, Itaboraí praticamente quebrou e o prefeito colocou essa burocracia para que as pessoas de outras regiões possam vir alugar e comprar casa para morar para, assim, poder movimentar os postos e mercados e ramos imobiliários”, pontuou indignado.
“Já é a segunda vez que chego ao Sine [Sistema Nacional de Empregos] às 17h e o a noite lá para tentar ficha e nada. Hoje eu fui a terceira para encanador industrial e quando cheguei lá pra pegar a vaga, simplesmente não tinha mais”, denunciou Vânia Silva.
Segundo relatos de trabalhadores do Comperj, a maioria da mão de obra é oriunda de indicações feitas por supervisores e encarregados, esses indicados estão vindo de outros estados para Itaboraí já com os exames issionais agendados.
No dia 21/01 as empresas que recebem isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por integrarem o Comperj, incluindo a Petrobras, terão que gerar no mínimo 3.500 empregos diretos ou terceirizados prioritariamente dos municípios próximos a Itaboraí, onde a indústria está instalada. A norma, que valia apenas para a fase de operação, virou lei e a a vigorar também para a etapa de construção e implantação. Atualmente, o número de desempregados estimado na região é de 17 mil.