Os trabalhadores em educação da Rede Estadual de Ensino de Minas Gerias exigem o pagamento do Piso Salarial retroativo, o descongelamento da carreira, atendimento digno no Ipsemg, nomeação de todos os concursados para todos os cargos vagos, cumprimento de hora-atividade sem o aumento da jornada de trabalho, valorização e respeito. 3751c
Por essas bandeiras, milhares de educadores mineiros suspenderam as atividades por três dias. No dia 23 de abril, os professores participaram pela manhã do Conselho Geral e, à tarde, durante Assembleia Estadual, definiram indicativo de greve para o próximo dia 5 de junho.
No dia 24, centenas de professores protestaram nas vias de o ao Mineirão, que recebia jogo entre as seleções do Brasil e do Chile. Milhares de panfletos foram distribuídos e o trânsito foi interditado por cerca de uma hora na Avenida Antônio Carlos. O dia 25 de abril foi marcado por reuniões com professores, funcionários e estudantes para apresentação e discussão da pauta de reivindicações e debates sobre a realidade da educação pública.
5 de junho é o prazo dado para que o governo faça um processo sério de negociação, dando respostas concretas como o descongelamento da carreira da educação, o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional, entre outras demandas.
Intensificar a relação política 6s43l
Mesmo apresentando profundas divergências com a CNTE (Confederação Nacional dos trabalhadores em Educação) e a direção estadual do Sind-UTE/MG, o Moclate defendeu a paralização de três dias e empenhou esforços na construção das mobilizações.
A CNTE é uma espécie de autarquia do governo federal e tem, na prática, sobretudo nos últimos anos, apresentado uma relação de submissão e dependência com a gerência Dilma. Assim também é o Sind-UTE/MG, que mostra toda uma ferocidade no discurso contra a gerência Anastasia (PSDB) e por outro lado blinda o governo Dilma, “esquecendo” o caos que é a educação pública brasileira e quão nefasto são esses governos para os trabalhadores.
As principais lições dos últimos movimentos de luta apontam que precisamos potencializar nossas greves com a ocupação da istração e de todas as atividades da escola, transformando cada uma delas na nossa base principal de organização. Para isto ela tem que ser um ponto de mobilização e organização de professores, funcionários, estudantes e pais, enfim uma Assembléia Popular na defesa da escola pública. E não somente nos momentos de luta por melhores salários e condições de trabalho. Manter a escola fechada durante nossas greves nos enfraquece, pois nos distancia do que deve ser nosso principal apoio, enquanto os agentes do Estado reacionário e a imprensa dos monopólios trabalham para desinformar e confundir a população.
A realidade de empobrecimento que vive o conjunto dos professores mineiros os empurra para a luta. Está na ordem do dia construir a greve em cada escola, junto à comunidade escolar. O Moclate fará todos os esforços para que as lições das últimas batalhas sejam assimiladas.