Reproduzimos abaixo uma notícia do portal Palestine Chronicle 4w4g16
O exército israelense anunciou no domingo uma presença maior nas Colinas de Golã, enviando forças para locais estratégicos dentro da zona desmilitarizada em resposta aos acontecimentos na Síria, informou a imprensa israelense.
Citando uma declaração do exército, o jornal israelense Times of Israel informou que os militares “assumiram novas posições em uma zona de amortecimento entre Israel e a Síria nas Colinas de Golã, enquanto se preparavam para um possível caos”.
“As IDF posicionaram tropas na zona de amortecimento e em várias áreas que são necessárias para defender, a fim de garantir a segurança das comunidades nas Colinas de Golã e dos cidadãos de Israel”, disseram os militares em um comunicado.
Um porta-voz do exército enfatizou que Tel Aviv não está intervindo nos eventos em andamento na Síria.
“O exército israelense continuará a tomar as medidas necessárias para preservar a zona desmilitarizada e proteger o Estado e seu povo”, declarou o porta-voz.
Enquanto isso, a imprensa israelense relatou o aumento da atividade militar, incluindo a entrada das forças israelenses em Khan Arnabah, nas Colinas de Golã ocupadas.
Os militares israelenses também declararam a área de fronteira das Colinas de Golã com a Síria como uma zona militar fechada.
Envolvidos em discussões 4n3e3m
Os meios de comunicação israelenses observaram que o governo israelense instruiu seus ministros a não falarem publicamente sobre a Síria sem aprovação prévia.
O jornal israelense Maariv informou que Israel está envolvido em discussões com certas facções dentro da Síria, sem fornecer detalhes adicionais.
No final do sábado, os militantes entraram na capital da Síria, Damasco, depois que o Exército Árabe Sírio se retirou da cidade de Homs, onde os militantes assumiram o controle da cidade e de outras cidades no oeste da Síria. A retirada ocorreu em grande parte sem confrontos.
A agência de notícias Reuters, citando altos funcionários militares sírios, informou que o presidente Bashar al-Assad deixou Damasco em direção a um local desconhecido antes que os militantes entrassem na capital.
No domingo, o primeiro-ministro sírio Mohammad Ghazi al-Jalali anunciou sua disposição de cooperar com qualquer liderança escolhida pelo povo sírio e de supervisionar uma transição pacífica de poder.
O líder do Hayʼat Tahrir al-Sham (HTS), uma organização terrorista listada pelas Nações Unidas, Abu Mohammad al-Jolani, emitiu uma declaração instruindo os militantes em Damasco a evitarem se aproximar de instituições públicas, que devem permanecer sob a supervisão do atual primeiro-ministro até que uma transferência oficial seja concluída.
O atual conflito na Síria, liderado pelo HTS e outros militantes apoiados pela Turquia, começou em 27 de novembro, tendo como alvo Aleppo, no norte. Posteriormente, os militantes capturaram Hama, depois Homs, antes de avançar sobre Damasco.
Israel ocupou ilegalmente a maior parte das Colinas de Golã durante a Guerra dos Seis Dias em 1967 e depois anexou o território, em uma ação que nunca foi reconhecida pela comunidade internacional.
A United Nations Disengagement Observer Force (UNDOF) patrulha a zona de amortecimento entre as áreas controladas por Israel e pela Síria desde 1974.