Milhares de pessoas protestam desde o dia 9 de março em rechaço ao sequestro e assassinato de uma mulher de 33 anos, Sarah Everard, por um policial, quando essa caminhava voltando para casa. Os manifestantes rechaçaram não somente esse caso, como também as instituições de repressão do Estado imperialista inglês como um todo, formadas em práticas e ideologia antipovo. d3e6
Na noite do dia 13, os policiais removeram à força os manifestantes que estavam sob um pavilhão no parque onde ocorria o protesto, que foi transformado em um memorial para Everard. Várias mulheres foram presas e algemadas. “Estamos protestando contra a violência contra as mulheres e sendo reprimidas pela polícia” disse uma das manifestantes, demonstrando o absurdo do ocorrido.
No dia 14, centenas de manifestantes furiosos se reuniram novamente, agora em frente ao quartel general da policia metropolitana de Londres, Scotland Yard, depois que a polícia ‘agarrou e maltratou’ mulheres na vigília de Sarah Everard, de acordo com denúncias dos manifestantes.
Primeiro-ministro Boris Johnson quer tornar ilegal protestos
Diante das mobilizações, o Estado imperialista inglês agilizou a nova “Lei da Polícia, Crime, Penas e Tribunais” depois que policiais usaram métodos violentos para interromper os atos e foram respondidos pelas massas. O projeto de lei daria à polícia mais poderes para restringir os protestos, incluindo a imposição de horários de início e término de manifestações, bem como limitar a “intimidação ou assédio” por parte dos manifestantes.
A movimentação para a aplicação dessa nova Lei tão rapidamente após os protestos demonstra o desespero dos governantes diante da revolta popular que se coloca cada vez mais em ordem do dia como visto em todos os países, e agora também na Inglaterra.
Manifestantes protestam contra o feminicídio de Sarah Everard por policial.