Manifestantes empurram van da polícia durante protestos combativos contra novo projeto de lei antipovo, em Bristol. Foto: Reuters. 5k4y72
Uma multidão de 3 mil pessoas que se manifestavam contra um novo projeto de lei antipovo que visa limitar a liberdade de protestar entraram em confronto com a polícia britânica após repressão repressão brutal. Os manifestantes incendiaram e danificaram 12 viaturas policiais e quebraram as janelas da Delegacia de Polícia de Bridewell, em Bristol, no dia 21 de março. Outros policiais ficaram com ossos quebrados durante os confrontos com manifestantes.
O projeto proposto denominado “Projeto de Lei sobre Polícia, Crime, Penas e Tribunais” causará vastas limitações e restrições às manifestações e tornará praticamente impossível protestar sem punições severas.
O projeto de lei permite que a polícia restrinja e imponha o tempo de início e término dos protestos. A polícia também pode perseguir legalmente manifestantes mesmo que não haja ordem para dispersão, o que atualmente não é permitido. O projeto também dobrará a pena máxima para a violência contra funcionários públicos, de um a dois anos de prisão.
Outra medida da proposta garante que danos a memoriais podem resultar em pena de prisão de até 10 anos, e infrações às novas restrições podem levar a multas de até 2,5 mil euros.
O maior agravamento das leis anti-protesto ocorre em sequência a grandes protestos ocorridos no ano de 2020 na Grã-Bretanha, em solidariedade internacional com as manifestações que ocorriam no Estados Unidos, mas que em particular rechaçavam a ordem colonial e imperialista da Grã-Bretanha.
Foram derrubadas estátuas como a do traficante de escravos Edward Colston em Bristol, motivo pelo qual hoje o projeto de lei é impulsionado.
Manifestantes explodem van da polícia em frente à delegacia de polícia durante protestos combativos contra novo projeto de lei antipovo, em Bristol. Foto: PA.