Drones israelenses estão sobrevoando e ameaçando a embarcação “Madleen”, da Flotilha da Liberdade, no anoitecer desta quinta-feira (05/06). É a terceira noite seguida que os 12 ativistas da Flotilha enfrentam ameaças diretas de bombardeios em sua missão voluntária de abrir um corredor de ajuda humanitária e furar o cerco ilegal imposto há 20 anos ao povo pelestino em Gaza pelo Estado de Israel. 153y60
Na última noite, dois drones israelenses pilotados pelas forças armadas da Grécia sobrevoaram o “Madleen”, levando insegurança aos tripulantes, que reafirmaram seu compromisso em chegar até Gaza.
Esta é a segunda embarcação da Flotilha em menos de um mês, quando o navio “Conscience” foi arbitrariamente bombardeado por drones israelenses em águas internacionais.
“Acabou de escurecer. Há novos drones acima de nós no ‘Madleen’ em nosso caminho para Gaza. Estamos na quinta noite para quebrar o cerco e criar um corredor humanitário popular. Estamos reunindo aqui agora nossos procedimentos de emergência. Por favor, compartilhem nossa localização mais uma vez, não sabemos se é um ataque, guerra psicológica ou apenas vigilância.”, afirmou o ativista brasileiro Thiago Ávila, coordenador da Flotilha da Liberdade e membro da missão.
A embarcação se encontra atualmente próximo à costa da Ilha de Creta, Grécia, aproximadamente na metade do caminho para Gaza.
Exército israelense ameaça a Flotilha 266l6a
Temendo que o ato de coragem dos integrantes da Flotilha inspirem novos ativistas a se lançar para furar o cerco de Gaza e levar ajuda para o povo faminto, o exército sionista emitiu nesta quinta-feira, através de sua Rádio Oficial, um comunicado afirmando que, caso o “Madleen” se aproxime do território sitiado, serão presos e enviados para as masmorras sionistas por tempo indeterminado.
Este é o 36° navio da Flotilha da Liberdade que ruma à Faixa de Gaza, desde a criação da coalizão internacional, em 2010. No mesmo ano de fundação, as Forças de Ocupação Israelenses bombardearam o navio “Mavi Marmara”, assassinando dez cidadãos turcos e prendendo os demais em águas internacionais.
Caso Israel cometa novamente o crime de atacar os ativistas e prendê-los em águas internacionais, estará cometendo um novo crime internacional, uma vez que a Organização das Nações Unidas (ONU) obrigou a todos os seus membros que garantam a livre agem da Flotilha em sua heroica jornada ao território palestino.