Mais de cem estudantes e trabalhadores da educação se reuniram para protestar contra o corte de verbas na educação promovido pelo decreto 12.448/2025 nesta quinta-feira (29) no centro da cidade. Os manifestantes se concentraram próximo à igreja da Candelária e marcharam em direção à Praça Mário Lago, na Carioca. 1f3e5c
O Decreto 12.448/2025, assinado no dia 30 de abril pelo governo de Luiz Inácio (PT), sucateou mais as Instituições Federais de Ensino, com a regra de ree mensal de 1/18 do orçamento totalizando até o mês de novembro de 2025, aproximadamente, 61% do montante total. Segundo o mesmo decreto, os outros 39% serão liberados apenas no mês de dezembro, o que compromete a execução do orçamento, pois teria apenas um único mês para finalizar as transações financeiras das instituições.
Diversas universidades anunciaram cortes na assistência estudantil como a UFRJ que emitiu um comunicado informando que, devido ao corte de R$ 18 milhões, deixará de custear insumos básicos como combustível para transporte e manutenção de segurança para os campi, já noticiado por AND.
Apesar do Ministro da Educação, Camilo Santana, ter anunciado recentemente a recomposição orçamentária e a liberação, a partir de junho, dos R$ 300 milhões retidos pelo Decreto 12.448/2025, estudantes e trabalhadores da educação protestaram no Centro do Rio de Janeiro. Os manifestantes fecharam duas pistas da Avenida Rio Branco, com cartazes que criticavam o corte das verbas da educação e o sucateamento de suas universidades. Entoando palavras de ordem como “Eu não abro mão do orçamento da educação” e “Nas ruas, nas praças, quem disse que sumiu? Aqui está presente o movimento estudantil”, eles denunciaram a precarização cada vez mais profunda.
Em relatos ao correspondente local do AND, os manifestantes criticaram as parcerias público-privadas que deslocam a execução das políticas educacionais do Estado para o setor privado, lembraram da luta na UFRJ pelo pagamento aos salários dos trabalhadores terceirizados, conforme já relatado pela correspondência de AND e anunciaram que os protestos continuarão em busca do aumento do orçamento educacional.