ES: Pescadores bloqueiam trilhos em protesto contra a Vale 3m7312

ES: Pescadores bloqueiam trilhos em protesto contra a Vale 3m7312

No dia 13 de abril, dezenas de camponeses que trabalham com a pesca atingidos pelo rompimento criminoso da barragem da mineradora monopolista Samarco/Vale/BHP-Billiton, realizaram um protesto exigindo o pagamento imediato das indenizações. Durante o ato, os trabalhadores bloquearam linhas de trem interditando o trecho de Timbuí, em Fundão, região metropolitana de Espírito Santo (ES).  3x6b55

Os pescadores utilizaram galhos que foram colocados no trilho, impedindo assim a circulação de trens da mineradora Vale, que sai de Cariacica com destino a Barão de Cocais, em Minas Gerais.

Os manifestantes portavam faixas com palavras de ordem contra a Vale assassina, exigiam o pagamento imediato das indenizações que nunca foram efetuadas pela chamada Fundação Renova, criada supostamente para resolver os impactos sociais e ambientais dos crimes da mineradora. No entanto, de acordo com as denúncias dos atingidos, a Fundação atua desinformando e desmobilizando o povo na luta pelos seus direitos.

Camponeses interditam via de trem em protesto contra Vale. Foto: Reprodução

A luta não cessa

A população atingida pelo crime cometido pela Samarco/Vale/BHP-Billiton resiste e se mantém na luta por seus direitos. Em uma outra manifestação no dia 28 de março, cerca de 600 pessoas, dentre elas camponeses, indígenas e quilombolas se uniram e ocuparam as entradas das sedes da mineradora Vale, na unidade Tubarão, em Jardim Camburi, em Vitória, e no município da Serra, localizadas no estado do Espírito Santo (ES). 

Os manifestantes exigiam o pagamento imediato do Auxílio Financeiro Emergencial (AFE) e a exclusão da Fundação Renova das negociações. As massas populares exigiam ser atendidas diretamente pela responsável pelos crimes, a Vale.

Após seis anos do rompimento criminoso, já foram derramados aproximadamente 48,3 milhões de m³ de lama tóxica de rejeitos de minério que percorreram cerca de 650 km, do município de Mariana (MG) até o município de Linhares (ES). Esse lamaçal pútrido destruiu as casas das famílias que viviam na região e deixou sem trabalho, fonte de renda e sustento incontáveis famílias de camponeses, indígenas e quilombolas que desde então permanecem incessantes na luta por justiça.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
Agora, mais do que nunca, AND precisa do seu apoio. Assine o nosso Catarse, de acordo com sua possibilidade, e receba em troca recompensas e vantagens exclusivas.

Quero apoiar mensalmente!

Temas relacionados:

Matérias recentes:

RJ: Câmara do Rio aprova o armamento da Guarda Municipal  2y2427

10/06/2025

Ativistas da Flotilha chegam a Israel e regime sionista ameaça prendê-los, confirma organização internacional 4e6bq

09/06/2025

Revolucionários de todo mundo rendem homenagens à Basavaraj, dirigente comunista indiano assassinado 3k2ni