Editorial
Se realiza, como disse o Presidente Mao Tsetung: “ou a revolução impede a guerra mundial imperialista, ou a guerra mundial imperialista atiça a revolução”.
Netanyahu está manejando uma faca de dois gumes, cujo o mais afiado e pontiagudo se volta contra ele mesmo: quanto mais pretende degolar com ela a Palestina, na verdade mais se aproxima de degolar a si mesmo e ao projeto de ocupação nazi-sionista.
Enquanto os reacionários e oportunistas fazem demagogia, as massas populares, ainda que parte por parte, devem não apenas se aproveitar disso para melhorar sua condição de existência, como exigir-lhes mais, e sem lhe oferecer em troca qualquer gratidão
A desmoralização do governo do oportunismo e da direita liberal potencializam as possibilidades de arrastar as camadas ativas do movimento popular à luta revolucionária, desprendê-las da camisa de forças do oportunismo e do revisionismo. O potencial revolucionário da atual situação, ou será aproveitado pela revolução, ou será, amanhã, arrebatado pelos oportunistas ou os fascistas.
Convocá-las – as massas – para defender um governo direitista, argumentando-lhes que isso é necessário para impedir que a extrema-direita volte a governar, é tão irracional quanto criminoso: pois que é confundi-las, desorientá-las, desmobilizá-las, destroçar suas formas de organização mais elementares – e, nesse estado, as massas populares se tornam facilmente capturáveis pelo fascismo
Os democratas e revolucionários, lideranças operárias, camponesas, indígenas, remanescentes de quilombolas, femininas, estudantis e tantas outras devem, tanto mais agora, mobilizar sem descanso as massas populares; esta, que é uma tarefa permanente, agora se apresenta ainda mais importante.
Os batalhões da causa antifascista só podem surgir da luta revolucionária camponesa pela conquista da terra a quem nela vive e trabalha, apoiada pelas fileiras populares da cidade: trabalhadores e trabalhadoras, estudantes e demais intelectuais honestos e pequenos proprietários.
Neste cenário de desmoralização de um governo oportunista submisso aos generais e concertador com a direita, em que se periga nova ofensiva dos ultrarreacionários contra ele, dentro da ofensiva contrarrevolucionária preventiva, é ainda mais urgente a iniciativa das massas e das forças progressistas e democráticas na luta por seus direitos