Foto de Marcos Pedlowski

Marcos Pedlowski

Marcos Pedlowski é professor do Laboratório de Estudos do Espaço Antrópico do Centro de Ciências do Homem da Universidade Estadual do Norte Fluminense.
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Marcos Pedlowski

Marcos Pedlowski é professor do Laboratório de Estudos do Espaço Antrópico do Centro de Ciências do Homem da Universidade Estadual do Norte Fluminense.
Com a aprovação do PL da Devastação, o que vem por aí deverá causar um afastamento definitivo de segmentos sociais importantes que ainda acreditam que Lula e o PT podem oferecer um projeto político que combine proteção ambiental com a devida e necessária distribuição das riquezas nacionais. 
A exploração de petróleo na foz do Amazonas irá gerar um montante significativo de emissões de GEE, com estimativas indicando que as emissões da queima do petróleo na região seriam pelo menos o triplo do teto que o Brasil se comprometeu a emitir em 2030.
Um levantamento feito pela Agência Pública no banco de dados da Agência Nacional de Águas (ANA) identificou que 50 grupos empresariais possuem outorgas de uso de água que alcançam 3,5 trilhões de litros de água, um valor que serviria para abastecer cerca de 98 milhões de pessoas (46% da população brasileira) por um ano. Há que se notar que 86% das outorgas eram para atividades do dito agronegócio.
Latifundiários estão animados com a possibilidade de vender mais commodities à China depois do tarifaço de Trump. Ainda mais com os planos de Luiz Inácio para construir ferrovias, hidrovias e rodovias, principalmente na Amazônia, para garantir que a produção nacional de commodities se torne mais atrativa para os chineses.
Acima de tudo, há que se combater a falácia de que o capitalismo é capaz de resolver os problemas que ele gera a partir de fórmulas que não questionam as suas formas de produção e reprodução.
Um dos aspectos ressaltados pelo estudo é a natureza assimétrica do acordo, o que resultaria não em condições mais equânimes de trocas comerciais, mas sim na manutenção da hegemonia colonial, o que seria reforçado pelo uso de tecnologia mais avançada e de restrições ambientais como alavancas para atingir esse objetivo em prol da União Europeia.