Na ocasião dos 77 anos da Nakba – termo em árabe usado para classificar o deslocamento forçado de mais de 700 mil palestinos por Israel em 1948 – no dia 15 de maio, um grupo de hacktivistas o site oficial de ao menos 31 prefeituras de Minas Gerais (MG) para rechaçar o genocídio do povo palestino e em apoio à luta de libertação nacional contra o Estado sionista de Israel. 1f5p3c
O grupo que reivindicou o ataque virtual se chama Batalhão Cibernético do Mártir Walid Ahmed, em homenagem ao brasileiro-palestino assassinado nas prisões israelenses. “Walid Ahmed não foi o primeiro brasileiro a ser sequestrado no meio da noite por agentes não identificados. Não é o primeiro brasileiro a desaparecer nos porões dos militares e ser torturado a ponto de morrer de fome”, escreveu o grupo, que também relembrou que ao menos 250 crianças e adolescentes se encontram encarcerados nas prisões sionistas.
Os ataques continuaram até a manhã do dia 19/05. Neles, o grupo divulgou um manifesto exigindo uma postura de contundente repúdio ao genocídio praticado pelas Forças de Ocupação sionistas contra o povo palestino. Os ativistas também denunciaram a ividade do governo brasileiro frente ao genocídio em curso e exigiu o rompimento imediato de relações com a entidade israelense. A mensagem é ainda mais importante ao considerar como o lobby sionista, apoiado no bolsonarismo, tem procurado formalizar a negação do genocídio perpetrado por Israel ao povo palestino e a perseguição a qualquer um que critique o Estado sionista em público, com a PL 472/25.
Paralelamente, a mensagem destacou a resistência popular brasileira contra os algozes do regime militar fascista, denunciando a política criminosa de ocultar os restos mortais daqueles que deram suas vidas lutando pela libertação nacional e por um regime popular e democrático. “[Walid Ahmed] não é o primeiro brasileiro cuja família não poderá honrar com um enterro digno e receber algum tipo de fechamento em seu luto, já que ao devolver o corpo de um mártir, os militares criminosos também entregariam uma prova objetiva de crime contra a humanidade”, disse o Batalhão Cibernético.
A ocupação vitual ocorreu em meio a uma série de marchas globais contra o genocídio em curso em Gaza e a remoção forçada de palestinos na Cisjordânia. Na cidade de Haia, Holanda, mais de 100 mil pessoas foram às ruas condenando o sionismo e exigindo a entrada imediata de recursos humanos. No sul do Egito, próximo a agem de Raffah, centenas de pessoas exigiram a abertura das fronteiras.
Em Londres, mais de 600 mil pessoas marcharam da ponte Embankment até Downing Street. Outras capitais como Dublin, Belfast, Berlim, Estocolmo, Edimburgo e Atenas também registraram massivos protestos em defesa do povo palestino.