Na última semana, foi enviada, para o Correspondente Local do Comitê de Apoio ao Jornal A Nova Democracia de Manaus, uma carta-manifesto escrita pelo Movimento de Luta dos Trabalhadores Independentes – MLTI, na qual se avança a campanha pelo esclarecimento do Caso Luiz Omar e em defesa da luta por moradia na região. r5q1s
A carta, conforme explicitado pelos organizadores da mesma, tem a função de cobrar seriedade e celeridade nas investigações do Caso Luiz Omar e, ao mesmo tempo, mostrar um vínculo de unidade entre os ativistas e organizações democráticas em uma cidade permeada por ataques contra o povo.
Até o momento de publicação oficial dessa carta, feita com exclusividade pelo portal do Jornal A Nova Democracia, 17 s já corroboram com o Manifesto, incluindo, entre elas, sindicatos, intelectuais democráticos, organizações estudantis, entre outras.
Transcrevemos aqui então, na íntegra, a carta do MLTI e seguimos acompanhando o caso, trazendo em primeira mão seus novos desenvolvimentos:
O QUE HOUVE COM LUIZ OMAR?
“O risco que corre o pau, corre o machado. Não há o que temer.”
Canção Popular
No dia 08/10/2023, o menino Luiz Omar, filho de uma dirigente do MLTI, desapareceu sem deixar vestígios na cidade de Manaus. O que poderia ser mais um caso de desaparecimento, na verdade, está envolto em um ambiente de verdadeira guerra contra ativistas do movimento popular.
Sem quaisquer respostas significativas para o caso por meses a fio dos órgãos “competentes”, fez-se necessário que os trabalhadores tomassem a investigação nas suas próprias mãos. Segundo o que pudemos levantar, o caso Luiz Omar não pode ser analisado fora do contexto de extrema perseguição que os ativistas do MLTI vêm sofrendo nos últimos anos, tendo-se dezenas de casos de campanhas, ameaças, tentativas de homicídio e mais contra seus dirigentes.
Esses agressores não são anônimos, muito pelo contrário, são os bem conhecidos grupos paramilitares da cidade de Manaus, compostos em sua maioria por policiais e ex-policiais que servem de peões aos grandes grileiros, os mais interessados em amedrontar um movimento por moradia combativo.
Afirmamos então que a corrente de investigação mais sólida é a que aponta a atuação desses grupos paramilitares como responsáveis pelo sequestro, desaparecimento e possível homicídio do menino Luiz Omar, com o objetivo de enfraquecer nossa resistência e compromisso com a luta por moradia popular para o povo.
Longe, porém, de nos acovardar, escrevemos essa carta para que esses inimigos do povo saibam que nossa determinação é inquebrável e que nos levantaremos mais e mais para novas tomadas de terras na cidade de Manaus, impondo nossas demandas e acovardando aqueles que vivem da nossa exploração e miséria.
Cobramos então, através dessa carta aberta, um maior compromisso nas investigações a respeito do caso Luiz Omar, uma proteção adequada para os ativistas políticos associados ao MLTI e demais organizações democráticas, assim como uma justa resposta ao problema da moradia na cidade de Manaus.
Por Movimento de Luta dos Trabalhadores Independentes – MLTI
Assinam, em concordância e apoio:
1. Comitê de Apoio ao Jornal A Nova Democracia – Manaus
2. Executiva Amazonense de Estudantes de Pedagogia – ExAmEPe
3. Professora Doutora Gisele Sifroni, da Universidade Federal do Amazonas
4. Doutor Aécio Leite, médico
5. Movimento Estudantil Popular Revolucionário – MEPR
6. Professor Doutor Victor da Silva, da Universidade do Estado do Amazonas
7. Professora Doutora Silvia Conde, da Universidade Federal do Amazonas
8. Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, Amazonas – PCBR AM
9. União da Juventude Comunista, Amazonas – UJC AM
10. Centro Acadêmico de Psicologia da Universidade Federal do Amazonas
11. Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus – ASPROM Sindical
12. Centro Acadêmico de Pedagogia da Universidade do Estado do Amazonas – CAPED
13. Luiz Navarro
14. Doutor Adelson Gonçalves, advogado indígena.
15. Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Amazonas – SINTECT AM
16. Professor e sociólogo Israel Pinheiro, da Universidade Federal do Amazonas
17. Professor Doutor Bianor Saraiva Júnior, da Universidade do Estado do Amazonas
Caso deseje conosco o presente manifesto, encaminhar um email para o endereço: [email protected]