Na manhã de segunda-feira (29), estudantes e bolsistas da Universidade Federal de Pernambuco realizaram um ato na frente da Reitoria da instituição contra os desligamentos e cortes de bolsas da modalidade Desenvolvimento Profissional. A PROPG e a PROGEPE avisaram via email que o corte de bolsas vai atingir estudantes que não completaram o recadastramento ou que foram matriculados em seus respectivos cursos no ano de 2017 ou antes. Essa investida contra os bolsistas está sendo realizada em plena pandemia, empurrando-os para a extrema condição de vulnerabilidade que se encontra o país com o acirramento da crise do capitalismo burocrático. A manifestação estudantil teve como principal objetivo o mantimento de suas respectivas bolsas, que são dos bolsistas por direito, e da revogação dos cortes anunciados. 7166c
No ato foi realizado uma agitação com megafone onde os estudantes exigiram a revogação dos cortes para não arem fome, expondo que todos ali dependiam da sua bolsa para sobreviver deixando claro não aceitar que seus direitos sejam usurpados do dia pra noite durante a situação de crise sanitária vigente no país. Também foram levantados cartazes que denunciavam os ataques aos bolsistas. Os manifestantes puxaram a palavra de ordem: Reitoria não me enrola, bolsa é direito e não esmola!
A Reitoria da UFPE tergiversou os questionamentos dos estudantes, afirmando ser um pequeno problema e que a posição do corte de bolsas não será revogada. Os bolsistas mantiveram a posição combativa avisando que não vão desistir de lutar pelos seus direitos até que os desligamentos e os cortes sejam revogados.
Estudantes ouvidos pelo Comitê de Apoio do AND apontaram que isso representa “verdadeira atrocidade feita pela Reitoria, que demonstra muito bem estar de acordo com a política genocida do governo militar que segue conduzindo um verdadeiro massacre diante da pandemia”. Os números de mortes chegaram a 315 mil mortos. Tragédia que soma-se a situação de milhões de desempregados.
Estudantes protestam exigindo a manutenção das bolsas, que sofrem sérios riscos de corte justamente em meio ao agravamento da pandemia da Covid-19. Foto: Banco de dados AND