PB: Em João Pessoa, boicote eleitoral atinge quase 30% do eleitorado h6tq

Cerca de 162 mil pessoenses não compareceram nas seções eleitorais ou votaram branco e nulo. O índice de abstenção foi o maior das últimas duas décadas, reflexo da descrença das massas na velha democracia.
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PB: Em João Pessoa, boicote eleitoral atinge quase 30% do eleitorado h6tq

Cerca de 162 mil pessoenses não compareceram nas seções eleitorais ou votaram branco e nulo. O índice de abstenção foi o maior das últimas duas décadas, reflexo da descrença das massas na velha democracia.

Quase 30% do eleitorado não foi às urnas ou não votou em nenhum dos candidatos no segundo turno em João Pessoa. O boicote foi a posição adotada por 162 mil eleitores. Só a abstenção, de 23%, foi a maior dos últimos 20 anos, superando a de 2020, durante a Pandemia de Covid-19. 5d433k

Vale uma vez mais lembrar que os números reais do boicote são muito maiores, pois não são consideradas as pessoas que tiveram os títulos cancelados, por não comparecerem às eleições há muitos anos, assim como os jovens, entre 16 e 18 anos, que optaram por não tirar o título.

A disputa entre os reacionários 1t6u6o

O grande vencedor entre os reacionários, o atual prefeito Cícero Lucena, se elegeu com 45% dos votos, ou seja, 55% do eleitorado não votou nele. Enquanto isso, o bolsonarista Marcelo Queiroga obteve apenas 25%. Esses números confirmam um quadro interessante: os grandes campeões da democracia burguesa são sufragados, em regra, pela minoria do povo e a tendência ao rechaço se encontra em ascensão..

A campanha de ambos, para estimular o voto, foi baseada no medo, não necessariamente sustentada em mentiras, uma vez as acusações que ambos trocaram foram bem reais, como costumam ser quando dois reacionários se engalfinham.

Marcelo Queiroga, por exemplo, usou investigações feitas pela PF contra a família de Cícero Lucena, em razão da suposta troca de cargos na prefeitura por apoio político de facções. Do outro lado, Cícero se utilizou da desastrosa agem de Queiroga pelo Ministério da Saúde para atingir mais votos. O resultado presumido disso foi um considerável voto de negação: quando se vota em um candidato não por crer neste, mas principalmente por rejeição ao seu adversário.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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