Turquia: Repressão brutal e tortura contra manifestação popular 342e6k

Manifestantes foram detidos e torturados pela polícia. Foto: Partizan

Turquia: Repressão brutal e tortura contra manifestação popular 342e6k

Publicamos abaixo a tradução de uma matéria do portal de notícias The Red Herald (“O Arauto Vermelho”) sobre casos recentes de repressão contra uma manifestação popular na Turquia. 2g5c3q


Em 2 de julho, a polícia turca atacou uma manifestação em Sarigazi, Istambul, em comemoração ao “Massacre de Sivas”, episódio no qual o Estado turco assassinou 37 intelectuais alevitas [Nota de Tradução (NT): o alevismo é uma crença islâmica praticada principalmente na Turquia] no hotel Madimak em 1993. A ponta de lança da repressão foi direcionada contra a revolução, pois a polícia atacou principalmente o contingente do Partizan que carregava faixas com a foto do dirigente comunista İbrahim Kaypakkaya e justificou a proibição da manifestação com base nas faixas. Ataques semelhantes foram realizados muitas vezes em episódios recentes, como em 1º de maio. No dia 7 de julho, uma coletiva de imprensa denunciando o ataque foi realizada pelo Comitê Organizador de Sarigazi, composto pelo Partizan e outras organizações democráticas e revolucionárias.

A multidão protestou contra o ataque com a consigna Viva a solidariedade revolucionária! e continuou resistindo, apesar de a polícia ter bloqueado o caminho da manifestação. Foram gritadas palavras de ordem antifascistas e antipoliciais. Diante da resistência, a polícia disparou gás lacrimogêneo contra a manifestação e deteve violentamente cinco pessoas, incluindo o jornalista Emre Orman e três leitores do Partizan.

Sob custódia policial, os detidos foram submetidos a tratamento desumano, humilhação e tortura. Isso incluía revista nua, algemas invertidas, obrigar o detido a ficar de frente para a parede e violência psicológica e física. Um dos leitores do Partizan detidos declarou que a polícia o visava desde o início e que ele foi fisicamente torturado enquanto estava sob custódia. Ele disse que a polícia o vinha assediando há muito tempo, primeiro tentando convencê-lo a fingir ser um amigo, tentando suborná-lo de diferentes maneiras. Sem sucesso, começaram a esperar do lado de fora de sua casa e a segui-lo. Ele afirmou que os revolucionários não se curvarão a nenhuma pressão e continuarão lutando e encarnando mais İbrahim Kaypakkaya, que sacrificou sua vida pela revolução há 50 anos.

Na coletiva de imprensa realizada pelo Comitê Organizador de Sarigazi, foi denunciado o ataque e a forma como os detidos foram tratados. Foi declarado que os ataques recorrentes contra Kaypakkaya mostram como as classes dominantes têm medo da revolução, pois sabe que, mais cedo ou mais tarde, ela sairá vitoriosa. A coletiva de imprensa afirmou ainda que a bandeira de Kaypakkaya será erguida novamente em ações futuras e que a luta revolucionária continuará apesar dos ataques, com os dirigentes revolucionários vivendo na luta do proletariado e dos povos oprimidos.

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