AM: 13 PMs são indiciados por ‘Massacre do Rio Abacaxis’ 3w484z

PMs mataram 8 pessoas e torturaram centenas em gigantesca operação de vingança.

AM: 13 PMs são indiciados por ‘Massacre do Rio Abacaxis’ 3w484z

PMs mataram 8 pessoas e torturaram centenas em gigantesca operação de vingança.

13 policiais militares, entre eles o ex-Secretário de Segurança Pública do Amazonas, Lousimar Bonates, foram indiciados por envolvimento no “Massacre do Rio Abacaxis”, episódio sangrento que ocorreu em 2022. 1h182d

Os militares vão responder por homicídio qualificado, sequestro e cárcere privado, destruição, subtração ou ocultação de cadáver, vilipêndio a cadáver, constituição de milícia privada, fraude processual e tortura.

Apesar da grande lista de crimes, é possível que os PMs fiquem impunes ou recebam penas brandas. O judiciário amazonense é conhecido por tratar com leviandade os casos de policiais envolvidos em crimes.

8 mortos e centenas de torturas 542r5n

Em junho de 2020, o secretário executivo do governo do Amazonas, Saulo Rezende Costa, ameaçou lideranças indígenas da Terra Indígena Kwatá Laranjal depois de ter sido baleado no braço ao tentar entrar ilegalmente com uma lancha em uma área protegida na TI.

Ele queria fazer pesca esportiva, algo proibido para a área. As lideranças afirmam que já haviam avisado da proibição. Mesmo assim, Saulo Costa disse que voltaria à TI e iria “matar todo mundo”, segundo testemunhas.

Depois do episódio, o governo do Amazonas enviou uma patrulha de quatro homens do Comando de Operações Especiais (COE) da PM à região. Os PMs foram até a TI à paisana no mesmo barco que Saulo usou no dia da pesca. A provocação dos PMs disfarçados gerou um alerta e um confronto armado, que acabou com 2 PMs mortos e 2 feridos.

Em vingança, o governo articulou uma operação nos rios Abacaxi e Mari-Mari. Ao menos 100 famílias de 11 comunidades relataram ter sofrido tortura da PM. Além disso, casas foram invadidas e oito pessoas foram assassinadas.

“Uma das testemunhas afirma que o presidente da associação comunitária ribeirinha teria sido torturado com saco plástico na frente do comandante da operação”, relata a Comissão Pastoral da Terra (T).

“Outro diz sobre uma mulher que teve gasolina jogada sobre o corpo e foi ameaçada de ser queimada. Há ainda uma denúncia de uma criança que foi colocada em um freezer e quando foi retirada de lá estava congelada, à beira da morte.”

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